O alagamento do Cais do Valongo, eleito recentemente Patrimônio da Humanidade pela Unesco, foi provocado por uma problema em uma das três bombas que drenam o lugar. Principal porto de entrada de africanos escravizados no Brasil e nas Américas, o sítio arqueológico que fica na Gamboa, Zona Portuária do Rio, inundou no início da noite dessa terça-feira.
Abaixo do Cais está um lençol freático e três bombas funcionam para drenar a subida da água. Sendo duas alocadas profundamente e de funcionamento intermitente e uma superficial que opera ininterruptamente, foi essa que apresentou defeito e gerou a inundação. De acordo com o secretário de Conservação e Meio Ambiente (Seconserva), Rubens Teixeira, cerca de 30 homens da Rio-Águas e da Seconserva trabalharam na madrugada de terça para quarta-feira para solucionar o problema.
Logo assim que fomos informados, por volta das 17h, levamos uma bomba provisória. Depois, a Rio-Águas nos emprestou uma delas. Nós queremos que a qualidade da conservação do espaço seja a melhor possível, mesmo com um orçamento reduzido — afirma Rubens Teixeira, que está auxiliando a Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (Cdurp), no lugar da concessionária Porto Novo, há um mês. Por volta das 15h dessa quarta-feira, a Cdurp instalou uma bomba própria no local, que já está em funcionamento